Archive for the 'la vie ici' Category

alento

em meio ao caos, o amor é um alento; todo amor, qualquer amor, e só ele.

pelas ruas de paris.

registro

os olhos queriam eternizar, para além da memória, uma cena cotidiana e, ao mesmo tempo, de beleza arrebatadora. à câmera coube a tarefa de registrá-la por vários ângulos. e a mim, escolher apenas um instante – o mais apaixonante deles.

som ambiente

a música me ajudar na concentração. mais que isso, me inspira durante as tentativas de trazer à tona um pouco do meu olhar sobre essa vida tão cotidiana.

ao longo dos quatro anos que escrevi seguidamente nesse blog, muitas foram as canções que me acompanharam.

daí me veio uma ideia: que tal montar uma lista de todas elas para recapitular qual era esse som ambiente? foi um exercício tão bom! por vezes me peguei dizendo: “ah eu amo essa música” ou “nossa, há quanto tempo não ouvia essa!”.

pois bem, algumas delas agora estão nessa playlist recém-organizada no Spotify que leva o mesmo nome desse diário eletrônico. uma lista mista, talvez eclética, ou até mesmo bagunçada. sem grande preocupação com a coerência entre os estilos musicais. apenas músicas que tinham a ver com o que se passava por aqui enquanto eu escrevia. mas que gosto até hoje.

que sejam uma inspiração para vocês também.

lista de desejos

retrospectiva 2012

que 2013 seja um ano

para contemplar a beleza do que é simples

para realizar novas viagens

para conhecer novos lugares

receber mensagens de pessoas queridas

de muitas razões para comemorar

um ano com várias trilhas sonoras

belos amanheceres

e céu azul para nos animar

muitos filmes, cafés, conversas jogadas fora

um ano com mais pontes que muros

com ainda mais cores

com novos caminhos, novos destinos

ano de estar bem em nossa própria companhia

de contemplar uma bela lua numa noite fria

de encontrar uma janela sempre aberta

de mudar se for preciso

de celebrar com os amigos

de usar a imaginação

de ser feliz

valeu, 2012!

que venha o ano novo!

Minha vida é um filme

instagram: @val_vsp

Pensar em minha vida como um filme sempre me agradou. Porém, hoje, o mais adequado é trocar “um” por vários, muitos, diversos deles.
Apesar da correria nas duas semanas de Mostra, todo ano a sensação se repete: a paixão vale o esforço.
Finais de semana em filas e mais filas, os amigos em lista de espera na agenda, o atropelo de histórias, de sentimentos e de reflexões depois de três, quatro filmes seguidos. O cansaço físico após vários dias na rotina casa-trabalho-cinema-casa-trabalho-cinema-casa, numa constante quase sem fim.
O lado bom do reencontro com os “amigos de filme”, das novas amizades conquistadas entre uma produção e outra, e talvez a maior das recompensas: o contato libertador com visões tão diferentes para esse mesmo mundo.
Tudo ali, diante dos olhos, disponível e acessível aos que se aventuram a ver, conhecer, experimentar.
Viva a paixão, viva o cinema, viva.

ligeiramente fora de foco

robert capa durante a cobertura da segunda guerra mundial

robert capa durante a cobertura da segunda guerra mundial

Depois de uma tarde agradabilíssima com duas amigas queridas em um dos muitos cafés da cidade, decidi usar o restinho do domingo para terminar a leitura de Ligeiramente fora de foco, do famoso fotógrafo de guerra Robert Capa.

A descoberta desse título se deu de maneira curiosa. Certo dia, fui à livraria na tentativa de trocar um dos exemplares que ganhei de Para seguir minha jornada, livro da Regina Zappa sobre a vida do Chico Buarque. Depois de quase uma hora revirando prateleiras sem encontrar algo à altura do que tinha em mãos, decidi voltar para casa e retornar quando estivesse mais inspirada e menos crítica.

No entanto, na saída da loja, vi uma pilha de livros sobre um balcão e decidi tentar pela última vez. Dentre eles estava essa deliciosa obra do consagrado fotojornalista Robert Capa, amigo de Henri Cartier-Bresson e um dos fundadores da lendária Magnum Photos.

O texto da contracapa já advertia para o fato daquele tratar-se de “um livro hipnótico”, o que comprovei ali mesmo na livraria enquanto lia sem parar página após página. Dado o encantamento imediato – que me fez ler quase 30 páginas na loja, resolvi levar o livro.

Até chegar em casa, foram outras tantas páginas lidas, fazendo aumentar a vontade de saber mais sobre as histórias de Capa como correspondente da Segunda Guerra Mundial. Um texto tão surpreendente quanto suas imagens, revelando a mesma humanidade e compaixão de seus registros fotográficos, que me cativou até nos relatos do mais puro terror de uma grande guerra.

Mas por falta de tempo, foram quase dois meses para concluir a leitura das 293 páginas. E hoje, ao finalizar o livro, já ficou a saudade do texto fluido e bem humorado; da história de amor vivida entre invasões, confrontos e soldados perdidos nas diversas batalhas; das belas imagens – mesmo sendo elas de momentos tão fortes e de violência tão impactante.

Conhecer o escritor Robert Capa foi uma grata surpresa. Agora, a admiração por mais esse lado do grande artista me faz querer ler também a obra feita em parceria com o amigo John Steinbeck – Um diário russo, já no topo da minha lista de próximas leituras.

escrito ao som de: berry – demain
…prendre l’air, parler à quelqu’un…

Tudo novo de novo

Dia 30 de dezembro.
Lá se foram mais 12 meses.
O ano passou tão rápido.
Muitas vezes mal deu tempo
de pensar no que acontecia ao redor.

E o que ficou dessa correria toda?
A certeza de que 2011 foi um ano muito bom,
com seus altos e baixos garantindo o movimento
necessário ao meu crescimento e aprendizado.

Para 2012, o grande propósito continua a
ser o de aproveitar, da melhor maneira, o que a vida tiver para oferecer.

E fechando o último texto do ano, trecho do belo Receita de Ano Novo, de Carlos Drummond de Andrade:

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

O poema completo pode ser lido aqui.

Que venha 2012. Feliz Ano Novo!

Pausa para um café

Ando um pouco sumida, assumo. Mas são tantas coisas, ideias e projetos ao mesmo tempo que tem sido difícil parar para escrever um novo post.

O bacana é saber que as visitas ao blog continuam aumentando, mesmo nessa fase de poucas novidades.

E estou certa que esse momento de planos e agito vai render muitas boas histórias, reflexões e afins. E, claro, material para novas publicações no blog muito em breve.

Até logo mais.

escrito ao som de conversas alheias na pausa para o tradicional café pós-almoço

Prudente é arriscar

A arrumação dos papéis costuma resultar em boas lembranças. Explico: em meio ao caos do meu armário sempre aparece um ingresso de show, uma entrada para o cinema, um postal, uma foto, um bilhete deixado ali por pouco ou muito tempo, porém completamente esquecido. E nesse “reencontro” lá estão elas – as vivências, as imagens, as histórias por trás de cada um daqueles papéizinhos.

Dessa vez, foram ingressos para o cinema. Dois filmes marcavam o início e o fim de uma história. Porém, entre aquelas duas datas estava tudo o que realmente importou: os dias vividos com uma leveza rara e descomprometida com o que poderia vir depois. A vontade crescente de saber mais, de conhecer, de me aproximar de quem despertava interesse e, acima de tudo, desejo. De dar espaço às emoções, de experimentar, de desfrutar de um momento sem a obrigação da sua continuidade.

Diante de tal “imprudência”, o meu lado racional, forte como é, falou alto. Chegou a gritar pedindo cautela. O risco de tudo ir por terra havia sido anunciado. Me machucar faria parte do pacote cedo ou tarde; era só uma questão de tempo.

Contrariando a previsão, segui em frente sem dar ouvidos. Me joguei, fui de alma e peito abertos. E em um súbito de coragem, decidi viver o que estava diante de mim.

Mas como a falta de garantias é uma constante da vida, lá veio ele, o fim prematuro e repentino de uma história que parecia estar no ritmo correto.

Apesar do desapontamento, havia um importante motivo para olhar para tudo aquilo e me sentir bem: a certeza de que as conversas, as demonstrações de afeto, até mesmo os momentos de desassossego e medo de perder algo tão bom, valeram a pena.

Tenho pensado bastante sobre o tempo da vida. E se o nosso controle sobre ele é nulo, então que possamos nos permitir mais experiências reais de fato. E se elas nos trouxerem algum tipo de tristeza no futuro, é o risco constante ao qual estamos expostos.

Mais importante é sair da inércia e da apatia mesmo que desestabilizados. É saber quão vivos nós estamos e quão capazes ainda somos, apesar de desilusões anteriores, de recomeçar, de nos encantar pelo outro, de nos apaixonar. O prudente é, então, nos arriscar e receber a recompensa de nos sentir – enfim – verdadeiramente vivos.

Essa é a lição que me permito levar disso tudo. E claro, as lembranças dessa história – que permanecem por aqui como mais uma página do meu diário de bordo.

escrito ao som de: semisonic – closing times
…every new beginning comes from some other beginning’s end…

Flor de cerejeira

Que a beleza rara e fugaz da flor de cerejeira se espalhe por muitos e muitos dias do novo ano que começa.

Feliz 2011.

escrito ao som de: u2 – magnificent
… but only love, only love unites our hearts…


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